Famosos

Toda empresa tem um início. Poucas têm um legado.

Entre os dias 17 a 19 de julho, nomes como Giba, Natália Beauty e Erich Shibata se reuniram com empresários de diversos setores em São José dos Campos/SP para discutir posicionamento, identidade corporativa e legado empresarial no palco d’A Grande Mesa — clube de negócios que movimentou quase meio bilhão de reais em 2024.

Quando uma empresa cresce rápido demais, o que se perde no caminho? Essa foi a pergunta que guiou a edição mais recente d’A Grande Mesa, evento que chamou atenção não apenas pelo faturamento expressivo de seus membros, quase R$ 500 milhões em 2024, mas por reunir fundadores e tomadores de decisão dispostos a confrontar o que a maioria evita: os pontos cegos do próprio negócio.

De 17 a 19 de julho, o auditório TMB Hall, em São José dos Campos, foi palco de um debate denso e nada protocolar sobre estratégia, identidade e sobrevivência cultural. O Clube de Negócios, fundado por quatro nomes de peso no ecossistema empresarial, Jacque Boesso, Renato Torres, Reinaldo Boesso e Elton Euler, tem crescido com uma proposta simples, mas incômoda: provocar empresários a repensarem o que realmente sustenta a longevidade de seus negócios. “O maior risco de escalar é esquecer o que te fez crescer. A gente constrói, cresce, contrata e, quando vê, não reconhece mais o que está liderando. A Grande Mesa nasceu para devolver consciência, direção, clareza e alma à empresa”, explicou Jacque Boesso, engenheira e VP da Aliança Divergente, com mais de R$ 50 bilhões em projetos liderados ao longo da carreira.

A edição, intitulada “Empresas Têm Alma”, foi dividida em três fases: Exílio, Retorno e Legado. Inspirada na trajetória de Steve Jobs, a jornada foi desenhada para conduzir os empresários por três etapas inevitáveis do crescimento real: a perda da essência, a reconstrução da identidade e a construção de um legado que sobreviva à presença do próprio fundador.

No primeiro dia, batizado de “Exílio”, os participantes encararam o momento em que perceberam que a empresa havia crescido, mas deixado de carregar sua essência. Foi o dia em que muitos fundadores se deram conta de que haviam se tornado funcionários da própria criação. A programação começou com a empresária Natália Beauty, referência nacional no setor da estética, que abordou posicionamento, identidade e escala com coerência. Em seguida, o medalhista olímpico Giba compartilhou sua experiência de liderança sob pressão e construção de equipes de alta performance. Encerrando o ciclo, João Menna provocou os participantes com uma reflexão sobre marcas que perdem força por abandonar sua essência.

O segundo dia, chamado “Retorno”, foi dedicado à reconstrução. Um momento de cortar excessos, retomar convicções e alinhar o negócio ao que realmente importa. A manhã foi marcada pela palestra de Erich Shibata, diretor de branding e CCO da Cimed, que compartilhou o processo de transformação da farmacêutica em uma das marcas mais lembradas do setor. Branding, design e posicionamento foram tratados ali como variáveis financeiras. “Posicionamento não é estética. É margem. É sobrevivência. É o que segura coerência enquanto a empresa cresce”, afirmou Renato Torres, CEO do Grupo Império 55, holding que hoje ultrapassa R$ 550 milhões em faturamento.

Já o terceiro dia, intitulado “Legado”, confrontou os líderes com a pergunta definitiva: o que da sua empresa deve permanecer quando você não estiver mais na sala? O encerramento foi conduzido por Elton Euler, fundador da Aliança Divergente, presente em mais de 60 países e com mais de 110 mil vidas impactadas. Em sua palestra, Euler trouxe uma abordagem profunda sobre perpetuação e decisões inegociáveis. “Nosso legado será alcançado quando o empresário brasileiro parar de se contentar com seu tamanho atual. Tentar crescer não é apenas a melhor forma de tentar se manter no mercado por muito tempo, é a única. Por isso atacamos a síndrome de PEL — n’A Grande Mesa ninguém continua Pequeno, Errado ou Lento. Aqui só existem duas opções: crescer ou fechar”, resumiu.

A Grande Mesa já contou com nomes como Gustavo Borges, Hortência, Carlos Busch, Rony Meisler e Isabella Matte, entre outros. Mais do que um evento, o encontro funcionou como um filtro estratégico: separou quem ainda opera por fórmula de quem já entendeu que escalar exige clareza e coragem. “O que nos move é simples: parar de crescer errado e começar a crescer certo. Com lógica, com visão e com um plano que não dependa da sorte”, concluiu Reinaldo Boesso, CEO da Fintech TMB e cocriador de uma metodologia de aceleração com mais de R$ 15 bilhões em projetos liderados.

Para quem vive de decisões, o palco foi montado. E o que esteve em jogo não foi apenas o futuro da empresa, mas a alma que ainda a sustenta.

Leave your vote

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Log In

Forgot password?

Forgot password?

Enter your account data and we will send you a link to reset your password.

Your password reset link appears to be invalid or expired.

Log in

Privacy Policy

Add to Collection

No Collections

Here you'll find all collections you've created before.