Iniciativa global já impactou mais de 141 mil homens em 20 países e se consolida como ferramenta de prevenção à depressão, ansiedade e suicídio
No Brasil, o suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), com maior incidência entre homens. Diante desse cenário alarmante, o movimento Legendários surge como um aliado fundamental na luta pela saúde mental masculina, reforçando a mensagem de que ninguém precisa enfrentar a vida sozinho.
Criado na Guatemala há 10 anos, o projeto nasceu da percepção de seu fundador, Chepe Putzu, ao ver amigos — inclusive homens de fé — adoecendo em silêncio, em meio a crises pessoais profundas e quadros de depressão.
“O Legendários nasceu ao ver homens adoecendo em silêncio. Percebi que eu também poderia ser o próximo. Então criamos um ambiente seguro, onde eles pudessem se abrir, enfrentar seus limites e sair renovados”, explica Putzu.
Atualmente presente em 20 países, o movimento já impactou mais de 141 mil homens. O Brasil concentra o maior número de participantes: mais de 72 mil já viveram a experiência. Os encontros são realizados em imersões de quatro dias nas montanhas, onde os participantes deixam celulares e conforto de lado para enfrentar desafios físicos, emocionais e espirituais, resgatando vínculos familiares e a própria autoestima.
Além da vivência transformadora, o Legendários mantém uma rede de apoio contínua, com encontros, treinamentos e ações sociais ao longo do ano. Essa rede de pertencimento é considerada uma das principais ferramentas de proteção contra o suicídio, ajudando a combater o isolamento masculino.
“Pedimos aos homens que entendam: buscar ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza. Essa é a verdadeira transformação que queremos ver acontecer”, conclui Putzu.
Com uma década de atuação e milhares de histórias transformadas, o Legendários se consolida como um movimento global que devolve esperança e fortalece a saúde emocional dos homens em todo o mundo.
