Negócios

Safra brasileira de café e laranja podem sofrer alterações, mas produtores enxergam novos caminhos

Produtores rurais enfrentam reajustes em commodities, mas buscam novas rotas e negociações para preservar custos e garantir mercado após anúncio de tarifa

A imposição de uma sobretaxa de 50% pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, entre eles café e suco de laranja, acende um alerta para os produtores rurais no Brasil. Embora a medida tenha como objetivo pressionar as exportações, seu efeito se estende diretamente ao campo, atingindo o preço das commodities e exigindo dos agricultores uma reação estratégica para preservar renda e competitividade.

O Brasil é hoje o maior produtor e exportador mundial de suco de laranja e o principal fornecedor de café aos Estados Unidos. Cerca de um terço do café consumido pelos norte-americanos vem do Brasil, o que representa mais de 8 milhões de sacas por ano. Já no caso do suco de laranja, o país responde por mais da metade do volume importado pelos americanos. Com a nova tarifa, o custo dessas commodities tende a subir para os compradores internacionais, o que pode comprometer a posição brasileira em mercados historicamente consolidados.

No entanto, o cenário não é de paralisia. De acordo com Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, o momento exige decisão e planejamento. “É hora de diversificar e construir novos parceiros comerciais, intensificar parcerias e renegociar contratos. Essa tarifa não é o fim da lavoura, mas o sinal para defender nossa produção com estratégia”, afirma.

Para o produtor rural, a reação precisa ser técnica e imediata. O café brasileiro, sobretudo da variedade arábica, tem reconhecimento internacional pela qualidade e diferenciação. Já o suco de laranja, altamente concentrado na região Sudeste, enfrenta o desafio de encontrar novos compradores capazes de absorver a oferta em grande escala. Ao mesmo tempo, a desvalorização do real e as oscilações do mercado internacional elevam os custos de produção, tornando ainda mais urgente o controle de despesas e a busca por acordos de fornecimento que garantam previsibilidade.

Mesmo em um ambiente de instabilidade global, o agronegócio brasileiro continua sendo referência em produtividade, tecnologia e adaptação. Para os produtores de café e laranja, a chave será transformar o choque tarifário em oportunidade de reposicionamento e fortalecimento da presença em novos mercados.

O Brasil é um país continental, no primeiro momento é de fato preocupante, mas com certeza acontecerá negociações saudáveis e o produto brasileiro continuará chegando com qualidade e em larga escala não só nos Estados Unidos, mas em todo o continente. “Estamos comprometidos em levar tecnologia e inovação para o campo, oferecendo soluções que impulsionam o trabalho do produtor rural e fortalecem a economia rural. Acreditamos que o investimento em pesquisa e desenvolvimento, aliado à paixão e ao conhecimento do produtor, é o caminho para uma agricultura cada vez mais sustentável e produtiva”, conclui Leonardo Sodré.

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