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A Estação Primeira de Mangueira, segunda maior campeã do Carnaval carioca, levará para a Sapucaí em 2026 o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”. A proposta homenageia a vida e a força cultural do lendário mestre amapaense, símbolo da resistência afro-indígena da região Norte.
O tema mobilizou o Amapá e atraiu para a disputa de samba algumas das maiores referências culturais do estado. Joãozinho Gomes, considerado um dos maiores poetas do país e autor de Jeito Tucuju — canção reconhecida como hino cultural amapaense — uniu-se a Patrícia Bastos e Val Milhomem, vozes consagradas da cena nortista, para compor um samba que traduz a alma Tucuju.
“Como filho dessa terra, fico muito honrado de ver nossa história contada pela maior escola de samba do planeta, que é a Mangueira”, afirma Joãozinho Gomes. “Mestre Sacaca é uma referência para todo amapaense, e fazer um samba sobre ele é, acima de tudo, cantar nosso povo.”
A parceria, batizada de Samba 15, também conta com reforço carioca. Igor Leal, Pedro Terra, Paulo César Feital, Dr. Herval e Tomaz Miranda — nomes que juntos somam nove sambas oficiais da Verde e Rosa, incluindo os campeões de 2002 (Vou Invadir o Nordeste) e 2019 (Marielle) — unem forças com os artistas amapaenses para disputar o hino oficial.
“O samba é uma grande viagem pelo extremo norte do país. Visitamos a família de Mestre Sacaca, sentimos a energia do jeito Tucuju e, junto com Joãozinho e Patrícia Bastos, traduzimos isso em versos que unem Amazônia e Mangueira”, destaca Igor Leal.
O Samba 15 está entre os quatro finalistas da Estação Primeira de Mangueira e será defendido no próximo sábado, dia 27, na quadra da escola, quando será escolhido o hino oficial para o Carnaval 2026.
