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Com 10 anos de prática no HipHop, Ziata MC anuncia seu retorno com o EP “LIMERÊNCIAS

Tudo começou quando Ziata MC começou a rimar pelas ruas do bairro da Mooca (SP), em meados de 2014, ex- integrante do coletivo VERSONORO, que traz nesta quinta-feira seu novo EP após 5 anos afastado do RAP.

Quando começou a rimar em 2014, Ziata MC participou da criação do coletivo SEM CONDUTA MC´S, os quais o levavam em seus shows naquela época.

Participou também de diversos clãs, como Vadios Mooca Crew e Máfia da Cartola, tendo sido responsável pela organização de festas com o intuito de promover a cultura Hip Hop.

Em 2016 Ziata MC iniciou com o Grupo VERSONORO, junto a Heuri e Igão, com músicas com uma atmosfera abstrata, que buscavam detalhar os aspectos emocionais e transcendentais das relações humanas, com o lançamento de 5 singles.

Após, Ziata MC ficou anos focando em sua carreira jurídica e acabou não focando tanto no Rap, ficando 5 anos sem nenhum lançamento.

Apesar da dissonância com a carreira de advogado, ser MC para Ziata sempre foi uma responsabilidade muito grande e um amor incondicional, razão pela qual, mesmo tentando, nunca foi capaz de se desligar das raízes do Hip Hop que marcaram sua adolescência e colaboram para a sua visão de mundo atual.

Assim, Ziata MC lança o EP Limerências em 5 de setembro de 2024 às 20 h no Spotify, o qual aborda esse fenômeno da psicologia de Dorothy Tennov, que em seus estudos sobre limerência, descreveu essa condição como um estado involuntário de amor obsessivo, onde o indivíduo sente uma intensa fixação por outra pessoa, acompanhada por um desejo desesperado de reciprocidade e sentimentos de êxtase e angústia.

As quatro músicas do EP—“Fase Louca,” “Deja Vu,” “Só Quero Estar Com Você,” e “Noites de Núpcias”—exploram diferentes aspectos desse estado emocional complexo e multifacetado, alinhando-se profundamente com o conceito de limerência.’’

1.​”Noites de Núpcias”: Esta música traz um tom mais fantasioso, onde o eu lírico idealiza a pessoa amada como uma “obra prima” e a sua “cara metade.” A idealização, combinada com a fuga para um mundo de fantasias e planos para o futuro, é comum na limerência, onde o indivíduo projeta seus desejos e esperanças no relacionamento, frequentemente ignorando a realidade.

O eu lírico sonha com um amor eterno, transcendendo até a morte, o que reflete a natureza obsessiva e duradoura da limerência, onde o amor parece ser uma necessidade quase vital.

  1. “Deja Vu”: Esta faixa captura a luta interna do eu lírico entre o desejo de manter a relação e a necessidade de seguir em frente. A repetição da experiência amorosa (“Tive um Deja Vu com você”) e o conflito entre amor e liberdade (“Eu te amo, mas tenho uma vida pra viver”) refletem a turbulência emocional que é típica da limerência, onde o desejo pela outra pessoa é constante, mesmo quando as circunstâncias sugerem que é hora de seguir adiante.

“Fase Louca”: Nesta música, o eu lírico retrata uma paixão avassaladora que toma conta de sua vida de forma repentina e intensa. A expressão “Essa paixão me engoliu” reflete o aspecto involuntário e arrebatador da limerência. A fixação pela pessoa desejada, apesar de não ser correspondida, e a dor misturada com aceitação (“Mas ela não me quer e isso eu vou respeitar”) são características centrais da limerência, onde a pessoa se vê incapaz de controlar seus sentimentos, mesmo quando a reciprocidade é inexistente.

3.​”Só Quero Estar Com Você”: Aqui, a obsessão é expressa através de um desejo incessante de estar com a pessoa amada. A idealização do outro e a dependência emocional, que são marcas da limerência, são claras nos versos que falam sobre como o eu lírico vê a pessoa amada como a essência de sua felicidade e a engrenagem de todo seu destaque. O constante anseio por proximidade e a importância extrema dada ao relacionamento são sinais claros de um estado limerente.

No geral as músicas capturam com precisão a experiência da limerência como descrita por Dorothy Tennov.

Cada canção explora diferentes facetas dessa condição—desde a paixão avassaladora e não correspondida até a idealização e dependência emocional.

As letras revelam a montanha-russa emocional de alguém preso em um ciclo de esperança, desejo e, muitas vezes, dor, sem o controle consciente sobre esses sentimentos.

Essa abordagem narrativa profunda e multifacetada oferece uma visão íntima e sincera do que é viver sob o peso da limerência.

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