Lucas nasceu em uma comunidade que não tinha nem 100 habitantes. Todos se conheciam, era uma mini vila. Era uma raridade ter polícia e ladrão. Aos 12 anos, Lucas já trabalhava em um lava rápido, onde passava o dia inteiro ouvindo funk no celular. Ele ganhava 80 reais no final da semana, trabalhando sexta e sábado.
Por mais que escutasse funk ostentação, a única marca de luxo para ele era Hotpoint e Venom. Aos 15 anos, ele mudou de cidade e foi morar em Itupeva, onde fez boas amizades através do futebol. Aos 19 anos, foi diagnosticado com esquizofrenia cerebral e, após 4 anos de tratamento, seus sonhos estão ativos novamente. Para ele, cantar funk é sinônimo de cultura e superação, ele quer conquistar não a fama, mas sim sua liberdade financeira e mostrar para o mundo que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
